quarta-feira, 31 de agosto de 2011

APEOESP SANTO AMARO - Boletim Leitura de Classe - Agosto/2011


Boletim Leitura de Classe



10% do PIB na Educação Pública! Já!

A educação deve ser um direito fundamental de todas as pessoas e a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como um direito de todos e um dever do estado.
Mas o estado brasileiro, que expressa os interesses dos “donos do poder”, não cumpre sua obrigação constitucional. Para começar, o atual governo Dilma já iniciou seu governo cortando verbas públicas, entre elas, verbas da educação.
O Brasil se encontra numa situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE), ou seja, cerca de um quarto da população excluída de escolarização mínima. Esses são famílias de trabalhadores do campo e da cidade, negros e demais segmentos super explorados de nossa classe. As escolas públicas, da educação básica a superior estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é insuficiente.
Por isso propomos uma campanha com todas as organizações de trabalhadores e setores sociais organizados, pela imediata aplicação dos 10% do PIB na educação pública. Vamos levar esse debate a cada local de trabalho, a cada escola e debater o tema com a população, defendendo aquilo que é nosso: o direito a educação pública, gratuita e de qualidade!
Pela imediata aplicação de um terço de hora atividade!

A Lei do Piso salarial nacional foi aprovada em 2007, e prevê que um terço de nossa jornada de trabalho seja cumprido fora de sala de aula, em horas atividade. Mas o governo do PSDB de SP entrou com ação de inconstitucionalidade para barrar a sua aplicação em SP. O governo perdeu a ação! Devemos exigir que a jornada do Piso seja imediatamente aplicada, pois isso propiciará melhores condições de trabalho e mais professores em sala de aula, pois obrigará o governo a abrir mais postos de trabalho. São Paulo e Amapá são os dois estados que disponibilizam menor tempo para preparação de aulas. Vejam a tabela abaixo:
clic na tabela acima e veja a relação completa !

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Mais ataques do governo à educação pública:

Dividiram nossas Férias:

Foi aprovada a resolução SE 44 de 07/07/2011 que divide as férias em duas vezes de 15 dias. Sendo 15 dias em julho e 15 dias em janeiro, a partir de 2012. O governo quer acabar assim com metade das nossas férias, pois o recesso de julho é substituído pelas férias de quinze dias e com isso perdemos 15 dias de férias em janeiro. Mais uma medida de aumentar a exploração dos professores e retirar nossos direitos conquistados as custas de muita luta. Não podemos aceitar mais esse ataque!


Mudaram nosso plano de carreira (Lei 1143/11)!

Segundo os cálculos do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos Sócio Econômicos), o professorado paulista acumula uma perda salarial de 36,74% quando comparado ao salário recebido em 1998. Portanto essa reivindicação significa voltar a ter o poder de compra de 1998. Não está calculado neste índice a inflação de 2011, que deve bater os 6,5%. De maneira ardilosa, a SEE e o governo anunciam que reconhecem as perdas salariais do professorado e que iriam reajustar os salários em 42,2%. Porém, a Lei 1143/11 que trata da reposição é bem diferente do discurso. O que foi aprovado é muito pouco diante de nossas necessidades. Em primeiro lugar porque não considera a inflação de 2011 em diante. Isso quer dizer que em 2011, se confirmada a inflação em 6,5%, teremos apenas 1,5% de reposição acima da inflação. Em 2012, mantido este cenário, perderemos estes 1,5% para a inflação. Na melhor situação, com a inflação mantendo os índices atuais, daqui a quatro anos teremos o mesmo poder de compra de hoje. Isso quer dizer que não existe reposição das nossas perdas salariais. Para piorar ainda mais esta situação, nossa data-base é 1º de Março. Como nos próximos quatros anos a reposição será em julho, nos retiram 4 meses de reposição por ano.“ Exigimos o imediato pagamento do reajuste de 36,74%, retroativo a março”!

Reafirmaram a Meritocracia!


Embutiram na lei 1143/11 mudanças no nosso plano de carreira, sem nenhum respeito aos debates nos pólos. Aprovaram a manutenção da prova do mérito, os critérios de assiduidade para permitir a inscrição na mesma e ampliaram de 5 para 8 faixas, sendo que o valor do au-mento salarial que era de 25% aos aprovados, passa a ser de 10,8%. O tempo de percurso entre a faixa 1 e 8 será de 22 anos, desde que se enquadre no critérios (mesma escola e faltas etc). Também aproveitaram e mudaram os níveis de evolução acadêmica e não-acadêmica, que de 5 foi para 8 níveis. Isso irá causar um grande problema principalmente para as professoras (mais de 80% de mulheres), elas só atingirão o nível máximo de evolução abrindo mão da aposentadoria especial com 25 anos de trabalho. É uma forma de fazer a reforma da previdência, pois para não ter redutor de salário as professoras terão que trabalhar mais.
Também mudaram o ALE (Adicional Local de Exercício)
Além de todo ano o governo não publicar as escolas que receberão o ALE, ainda o valor a ser pago também foi alterado na lei 1143/11. Até hoje cada professor(a) que recebe o ALE recebia 20% sobre seu salário. Logo, os professores(as) com mais tempo de carreira e mais evolução recebem valores maiores. A partir de 2012 será vinculado a quantidade de aulas e a UBV (unidade básica de valor), Veja os valores na tabela abaixo:
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Por uma escola pública e de qualidade!
Os professores categoria “L” serão demitidos em dezembro de 2011 e a categoria “O” terá que pagar a duzentena em 2012. O Governo do PSDB mantêm sua política de fragmentação, flexibilização de direitos e demissão da categoria.
Defendemos estabilidade para todos os professores, com direito a opção de jornada!

Mobilize sua escola


No dia 20/06 as 10h ocorreu em frente a Fundação Cafu, no Capão redondo, uma grande manifestação que reuniu professores, estudantes e comunidade em luta contra a violência nas escolas.
O ato foi organizado pelos professores da E.E Tenente Ariston junto com a APEOESP Sul - Santo Amaro, e reuniu cerca de 2.000 pessoas de cerca de 30 escolas da região.
Nossa manifestação tinha como objetivo escancarar nossa indignação com a agressão sofrida pela professora Genoveva, de 58 anos, dentro da escola EE Jornalista David Nasser, e contra todas as formas de violência que professores estudantes e comunidade sofrem todos os dias, vitimados pela política educacional aplicada pelo governo Alckmin em São Paulo e pelo governo Dilma em todo o País.
Como na E.E. Jornalista David Nasser, na E.E. Viera de Morais, na E.E. Joaquim Alvares Cruz, na E.E. Lucas Roschell, vamos organizar nossas escolas e fazer valer a vontade da comunidade!
AGENDA:

"Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis." ( BERTOLD BRECHT )
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Nossas Propostas Para uma Educação Pública e de Qualidade


Concepção de a escola: Defendemos a escola de tempo integral, a combinação entre o ensino propedêutico e o ensino prático. Que o princípio educativo seja o trabalho (principal relação entre a sociedade e a natureza). E que sua principal função seja a construção da consciência de classe, e sua conclusão mais importante seja a constatação dos interesses irreconciliáveis entre a classe dominante (burguesia) e a classe dominada (trabalhadores). Educar para a cidadania é um engodo, pois ela desde os tempos da antiguidade é um conceito excludente (na Grécia antiga - Atenas, o cidadão era apenas o homem grego: escravos, mulheres e estrangeiros não eram cidadãos). Portanto, para a burguesia, cidadania significa consumidor. Para tanto essa escola deve ser pública-estatal laica, propiciadora da construção/apropriação do conhecimento e um dos instrumentos de construção do socialismo. A luta por ela implica na unidade das lutas sindical e educacional; é impossível que ela tenha qualidade sem o atendimento das nossas reivindicações salariais e funcionais; é uma utopia reacionária pensar em melhorar o ensino sem melhorar as condições de trabalho;
Gestão Escolas:
A direção de escola deve ser eleita pelo voto direto e secreto, com mandato de dois anos, revogável. Defendemos a eleição dos coordenadores pelos Conselhos de Escolas. Conselhos de Escola paritários e deliberativos em conjunto com a organização de grêmios livres, que teriam assento nesses Conselho de Escolas;
Financiamento:
Queremos também uma pretensa melhoria das verbas para a educação. Defendemos a imediata aplicação de 10% do PIB rumo aos 15%. Exigimos uma Petrobrás 100% estatal, com toda sua arrecadação voltada para as áreas sociais, garantindo 15% do PIB para a educação. Somos contra a política de fundos, portanto contra o Fundeb. Verbas públicas apenas para as escolas públicas e diretamente para a Unidade Escolar.
Plano de Carreira:
Defendemos um sistema de carreira única e aberta, com reajustes lineares e evolução funcional por tempo de serviço e titulação, sem prazo de interstício Escala de vencimento único para os trabalhadores em educação e sem limite de evolução dentro da escala, evolução funcional baseada no tempo de serviço e formação profissional, contra a avaliação de desempenho. Estabilidade para todos os OFA's (Ocupantes de Função Atividade) e concurso público classificatório para os novos ingressantes. Defendemos o piso do DIEESE por 20 h/aula, incorporação dos abonos e gratificações com extensão aos aposentados, reposição das perdas salariais, fim da promoção automática e redução do número de alunos por sala, 1/3 de hora-atividade rumo aos 50%, reequipamento de todas as escolas e melhoria da infra-estrutura didático pedagógica, etc. Defendemos jornada de 20h/aula de 45min sendo 5h de HTPC's e 5h em local de livre escolha. Número máximo de alunos por sala de aula de 15 para Ensino Fundamental Ciclo I, 20 para o Ciclo 11 e 25 para Ensino Médio. Somos contra a LC 1094/2009, que impõe as jornadas de 12h e 40h, com salário proporcional. Exigência de imediata implementação da jornada com 1/3 de hora atividade (lei do piso nacional), rumo aos 50% de hora atividade. Reajustes lineares para a categoria, incorporação e extensão aos aposentados de todas as gratificações, pagamento automático de todos os benefícios e progressões. Somos contra a política de gratificações e bonificações, inclusive as oriundas de avaliações de desempenho de professores e alunos.
Avaliação:
Defendemos que as avaliações a devem ser diagnostica, do processo ensino-aprendizagem e não dos agentes (professores e alunos) e estar a serviço de uma política educacional de total autonomia escolar, em função da classe trabalhadora A avaliação educacional e da aprendizagem deve ser um processo de ruptura e continuidade feita pelo conjunto da comunidade escolar. Somos contra a inspeção escolar, defendemos a autonomia didática, pedagógica e administrativa Currículo: Para nós, os programas e as grades curriculares devem ser abertos, elaborados democraticamente e com ampla liberdade de cátedra. Defendemos também a obrigatoriedade de todos os níveis da educação básica, do ensino infantil ao ensino médio. Somos contra a inspeção escolar, defendemos a autonomia didática, pedagógica e administrativa Currículo: Para nós, os programas e as grades curriculares devem ser abertos, elaborados democraticamente e com ampla liberdade de cátedra. Defendemos também a obrigatoriedade de todos os níveis da educação básica, do ensino infantil ao ensino médio. Defendemos o fim do vestibular e o livre acesso a todos os que queiram entrar nas universidades públicas.
Formação dos Professores:
Defendemos a formação permanente dos professores nas universidades públicas, afastamento remunerado durante três meses a cada dois anos para cursos (atualização, aperfeiçoamento e especialização) e com vencimentos integrais para mestrado e doutorado.

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Carta Aberta à Comunidade:

Carta Aberta - Apaeoesp Santo Amaro



Fonte: http://secretariacomunicacaosubsul.blogspot.com/

terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Punidos por exigir direitos"

Manifestação Estudantes de Escolas Públicas de Juiz de Fora é duramente reprimida pela polícia

Uma manifestação dos Estudantes de Escolas Públicas em apoio a greve dos professores de Minas Gerais, que lutam pelo cumprimento da lei federal do piso salarial foi duramente reprimida pela polícia e teve o professor André preso covardemente pela polícia. A manifestação aconteceu no cruzamento da Rua Halfeld com a Av Rio Branco no dia 30/08/2011. Essa é mais uma de uma série de manifestações que acontecem nos quatro cantos do país, onde estudantes, professores, funcionários lutam por mellhorias na qualidade da educação do país.

Tela Quente


Por RICARDO ANTUNES
O ano de 2011 começou com a temperatura social alta: na Grécia, várias manifestações se sucederam, repudiando o receituário da constrição de tudo que é público em benefício das grandes corporações. E a pólis moderna presenciou uma nova rebelião do coro.
Depois, veio a revolta no mundo árabe: cansados do binômio ditadura e pauperismo, riqueza petrolífera e fruição diamantífera dos clãs dominantes, a Tunísia deu o pontapé inicial. A forte revolta popular, com boa organização sindical, derrubou a ditadura de Ben Ali.
Os ventos rapidamente sopraram para o Egito: manifestações plebiscitárias diuturnas na praça Tahrir, conectadas pelas redes sociais, exigiam dignidade, liberdade e o fim da ditadura de Mubarak.
Seguiram-se manifestações na Argélia, na Jordânia, na Síria e na Líbia, dentre tantas outras partes que ardem no mundo do combustível fóssil. E Gaddafi viu seu poder desmoronar.
Em março, explodiu o descontentamento da "geração à rasca" em Portugal. Mais de 200 mil em Lisboa, jovens e imigrantes, precarizad@s, sem trabalho e tratados como coisas. É emblemático o manifesto do movimento Precári@s Inflexíveis, que dá a sintomatologia desse quadro: "Somos precári@s no emprego e na vida. Trabalhamos sem contrato ou com contratos a prazos muito curtos. (...) Somos operadores de call-center, estagiários, desempregados, (...) imigrantes, intermitentes, estudantes-trabalhadores (...) Não temos férias, não podemos engravidar nem ficar doentes. Direito à greve, nem por sombras. Flexissegurança? O "flexi" é para nós. A "segurança" é só para os patrões.
(...) Estamos na sombra, mas não calados. (...) Com a mesma força com que nos atacam os patrões, respondemos e reinventamos a luta. Afinal, nós somos muito mais do que eles. Precári@s, sim, mas inflexíveis".
Seguiram-se os indignados da Espanha: o que dizer quando a taxa de desemprego para os jovens de 18 a 24 anos, segundo a Eurostat, é de 47%? A única certeza que eles têm é que, estudando ou não, são sérios candidatos ao desemprego, perambulando atrás de trabalho precário.
Enquanto isso, no Chile, as famílias se endividam, vendem suas casas para manter seus filhos nas universidades, quase todas privatizadas. É por isso que há no país um explosivo e maciço levante estudantil, com apoio dos pais, dos professores e da opinião pública, exigindo mudanças profundas. Depois foi a vez de a Inglaterra ferver. Começou na cordata Londres. Mais um trabalhador negro assassinado pela polícia, e os jovens pobres, negros, imigrantes e desempregados de Tottenham e de Brixton se rebelaram, sabendo que a polícia britânica é áspera quando a cor da pele é diversa.
Em poucos dias, atingiram Manchester e Liverpool. A percepção de que os de cima saqueiam o Estado, minguando os recursos para saúde, educação e previdência, chegou à periferia.
E é bom recordar, com Tariq Ali, que a polícia nunca foi responsabilizada pela morte de mais de mil pessoas sob sua custódia, desde 1990, sendo os negros e imigrantes presença recorrente.
Também é bom recordar que as revoltas contra o "pool tax" geraram grande descontentamento social e político contra o neoliberalismo, ajudando a selar o fim do governo de Thatcher.
Essa miríade de exemplos, que aflora tantas transversalidades entre classe, geração, gênero e etnia, é o sinal dos novos tempos.
A tela está ficando quente.

RICARDO ANTUNES, é professor titular de sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Seu novo livro, "O Continente do Labor" (Boitempo), está no prelo

domingo, 28 de agosto de 2011

El paro en Chile


Um adolescente de 14 anos foi morto e centenas de pessoas ficaram feridas na repressão promovida pelo governo de Sebástian Piñera à greve geral de dois dias no Chile.  Há noticias de mais de 1.400 detenções de manifestantes.

O “El paro” chileno começou relativamente tranqüilo, mas com forte adesão de trabalhadores em Santiago e nas principais cidades do país. As mobilizações saíam de várias partes e já se tornaram as maiores desde a queda da ditadura de Augusto Pinochet.

Na quinta feira (25 de agosto), o governo determinou a suspensão de atos de rua a partir das 14h, quando várias passeatas já tomavam conta das ruas.

Forças policiais usaram blindados, bombas de gás lacrimogênea e jatos d’água para dispersar as manifestações, que prosseguiram. A partir daí, os ‘carabineros’, polícia especial, passaram a usar tiros contra a população. A partir do enfrentamento, houve formação de barricadas em Santigo e Valparaíso. Os conflitos entraram pela noite e madrugada, com panelaços e conflitos abertos.

O estudante Manuel Gutiérrez Reinoso, de 14 anos, foi baleado no peito quando se encontrava em uma passarela no município de Macul, na região metropolitana de Santiago, quando conduzia sua irmã, que é cadeirante. O adolescente morreu enquanto recebia os primeiros socorros em um centro médico, e seus familiares e amigos garantiram aos jornalistas que o disparo foi feito por um grupo de ‘carabineros’ que enfrentavam manifestantes nas imediações.

Mario Parraguez Pinto, outro estudante, recebeu um tiro no olho e está em estado crítico.

*Com informações de agência de notícias.
Fonte: http://candidoneto.blogspot.com

Naturalização do Racismo


Propaganda política da "velha Diereita" latifundiária e escravocrata hoje chamada "Democratas" sobre a questão racial e as cotas.


Resposta da UNEAFRO ao vídeo

sábado, 27 de agosto de 2011

Com decisão do STF publicada, piso de professores tem de ser cumprido

Acórdão do Supremo legitima Lei do Piso e derruba argumentos de estados e municípios onde os docentes recebem abaixo do que deveriam. Para sindicatos, é o fim das desculpas
 
São Paulo - A publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) que legitima a Lei do Piso do Magistério derruba as desculpas de governadores e prefeitos que descumprem a legislação em vigor desde 2008. Em seis estados os professores ainda recebem menos que os R$ 1.187,08 por uma jornada de 40 horas semanais, conforme estipulado pela lei 11.738.
Há quatro meses, o STF julgou ação dos governos do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará, que argumentaram restrições orçamentárias para cumprir a medida. Em decisão contrária a esses estados, a Corte considerou o piso como remuneração básica, que deve ser calculado de acordo com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 
Foi apenas nesta semana, na quarta-feira (24), que a decisão foi publicada. “Eu espero que parlamentares e juristas entendam, definitivamente, que a Lei do Piso é constitucional e que os gestores a apliquem conforme foi aprovada”, afirmou Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 
O dirigente disse estar confiante de que nenhum governador ou prefeito terá mais argumentos  para descumprir o que está estabelecido na lei. A entidade recomenda que os sindicatos iniciem negociações com a reivindicação de um piso de R$ 1.597,87.
Levantamento da CNTE, divulgado em julho, indica que Ceará, Bahia, Amapá, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul ainda não tinham equiparado a remuneração ao piso. A maior parte dos estados alegou que só passaria a pagar o piso quando a decisão do STF fosse publicada.
Em Minas Gerais, estado em que os professores estão em greve há dois meses, o governador Antonio Anastasia (PSDB) ainda nada sinalizou a respeito da implementação geral do piso. O governo mineiro paga os salários mais baixos da região Sudeste.
 Em Minas Gerais, estado em que os professores estão em greve há dois meses, o governador Antonio Anastasia (PSDB) ainda não sinalizou a respeito da implementação geral do piso. O governo mineiro paga os salários mais baixos da região Sudeste.
Holerites com vencimentos muito abaixo do valor determinado pela lei  foram exibidos pelos trabalhadores no início do mês, em resposta às declarações de Anastasia. O governador tinha afirmado que os salários estavam acima do piso.
Para a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute), Beatriz Cerqueira, o acórdão trouxe legitimidade à luta da categoria. "A nossa greve é justamente pelo cumprimento desta lei. A publicação confirma que nossa discussão está correta. Piso salarial é vencimento base inicial de carreira." Segundo ela, a paralisação continua com nova assembleia na quarta-feira (31). Porém, o cenário ainda é incerto. "O estado não deu ainda nenhum posicionamento.Eles (governo) não falam com a gente", lamentou.
Procurada, a Secretaria Estadual de Educação de Minas mantém o argumento de que o sistema de implementação do piso nacional já foi adotado para os professores que optaram pela mudança da forma de remuneração. Os professores entendem que o piso deve obrigatoriamente ser garantido a todos os docentes.

Pressão

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Sul (Cpers) também tem pressionado o governo estadual com paralisações, como a realizada na última sexta. Tarso: pague o piso ou a educação para deve continuar a ser o lema das mobilizações, segundo Rejane Silva de Oliveira, presidenta da entidade. "Estamos preparados para a grande batalha. Sairemos em caravanas pelo interior, debatendo sobre greve a partir da semana que vem. No final do ciclo, faremos assembleia", disse.
Rejane frisou que, para o sindicato, o acórdão não tem significado efetivo em razão da lei já ter sido conquistada com mobilização dos professores e luta a favor de sua implementação. "Iremos continuar com a mesma palavra", defendeu. No entanto, a publicação pode derrubar o argumento utilizado pelo governo de Tarso Genro (PT). "O governo vinha justificando a falta do acórdão como motivo para não conceder o piso. Queremos ver agora qual será a desculpa que vai nos vão dar." Até a tarde desta quinta-feira (25), a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem.
Ceará, Bahia, Amapá, Goiás e Pará também não equipararam a remuneração ao piso. Os estados poderão ainda procurar o STF para esclarecimento sobre a lei e seu cumprimento.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Após a Marcha, manifestantes sacodem a Esplanada dos Ministérios com diversos protestos

A Marcha a Brasília não foi a única atividade realizada no dia 24. Após a passeata, várias manifestações sacudiram a Esplanada dos Ministérios. Protestos, atos e audiências com órgãos do Governo marcaram o dia de Lutas.

Estudantes exigem 10% do PIB para a Educação


Após a Marcha, os estudantes organizados pela Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre!), saíram em passeata rumo ao Ministério da Educação para exigir  a aplicação dos 10% do PIB para a Educação. Os estudantes entregaram a pauta com essa e outras reivindicações relacionadas ao movimento estudantil. Cerca de 200 pessoas fizeram pressão em frente ao Ministério e uma comissão foi recebida pelo ministro.

Plenária “pelos 10% do PIB para a Educação já!”


Simultâneo com a manifestação dos estudantes, numa tenda formada próximo ao Ministério do Planejamento houve a Plenária pelos 10% do PIB para a Educação. O objetivo do encontro foi de ampliar a discussão para as diversas categorias, bem como iniciar a discussão do plebiscito, que será realizado nacionalmente, sobre a campanha. Diversas entidades participaram da reunião e aproveitaram a ocasião para apoiarem a iniciativa e fortalecerem essa importante campanha.

Frente de Resistência Urbana ocupa o Ministério do Esporte


A Frente de Resistência Urbana (Frente de Movimentos) também realizou um protesto.  Essa frente que também é integrada pelo MTST ( Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizou uma ocupação no Ministério do Esporte. Os manifestantes protestavam contra as remoções em decorrência da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2106.  “Não somos contra a copa nem Olimpíadas, mas somos contra a onda de despejos que deixaram e vão deixar milhares de famílias sem moradia”, disse a integrante do MTST Maria das Dores Cerqueira.

Um ato de truculência policial ocorreu durante a manifestação. Policiais usaram de extrema violência contra os manifestantes que protestavam pacificamente e só queriam uma reunião com o ministro. Jane Pereira da Silva, de 66 anos, foi agredida covardemente no rosto e no braço por um policial. O movimento irá procurar a Secretaria de Recursos Humanos para denunciar o caso.

Movimento dos Trabalhadores da Cultura também se manifesta


Os trabalhadores da Cultura não ficaram de fora dessa Jornada de Lutas. Também realizaram um ato simbólico em frente ao Ministério da Cultura. Um grupo, vestido de palhaço, tocava no local.

Privadas foram expostas em alusão ao processo de privatização ao qual a Cultura vem sendo submetida.

Para o integrante do MTC (Movimento dos Trabalhadores da Cultura), Gabriel Pitanga, a participação na Marcha foi importante. “O movimento começou há menos de um mês, estamos nos organizando e a nossa participação nesse ato é importante para unir forças, afinal, somos todos trabalhadores”, finalizou.

Todos esses atos refletiam a intensidade do que foi esse dia de Lutas.

Caso sua entidade também tenha realizado alguma manifestação em Brasília neste dia, que não repercutimos no site, utilize nosso canal colaborativo para divulgamos na página da Central.

Fonte: CSP CONLUTAS

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Levantamento considera turmas na rede estadual com mais alunos que o recomendado pelo próprio governo

 

Estudantes dizem que são obrigados a estudar em classes apertadas; 
governo diz que faltam terrenos para construir

Por FÁBIO TAKAHASHI
Mais de 60% das escolas estaduais paulistas de ensino básico possuem ao menos uma série com mais estudantes em sala que o recomendado pelo próprio governo de SP. Em 64% delas, há problemas em mais de uma turma.
Estudantes reclamam que são obrigados a ficar apertados, a "caçar" carteiras em outras salas e até a dividir assentos com colegas, pois chegam a faltar carteiras.
O levantamento de escolas com salas superlotadas foi feito pela Folha, com base em dados do Ministério da Educação (Censo Escolar 2010). A Secretaria Estadual da Educação reconhece o problema e informa que hoje 890 mil estudantes estão em salas com mais alunos que o indicado (22% do total).
A reportagem encontrou turmas com mais de dez alunos acima do recomendado. É o caso do primeiro ano do ensino médio da escola Maria Luiza Martins Roque, na periferia sul da capital.
Ali, Carla (nome fictício), 15, possui outros 51 colegas. "É um desastre. Fica aquele abafamento, muito barulho.
Algumas vezes, os alunos precisam dividir carteiras" -a secretaria nega que falte mobiliário na sua rede.
De 2009 a 2011, houve pequeno aumento no número de estudantes de ensino médio em classes lotadas, mas redução no fundamental.
Desde 2008, a recomendação da Secretaria da Educação é que, do primeiro ao quinto ano do fundamental, as salas tenham até 30 alunos; do sexto ao nono ano, 35; e no médio, 40.

META NÃO CUMPRIDA
A situação é mais crítica nos cinco primeiros anos do fundamental, no qual 30% das turmas estão superlotadas. Nessa etapa, SP é a terceira rede estadual com a maior média de alunos por turma do país. Na rede municipal paulistana, a proporção de escolas com mais alunos que o recomendado é 50% menor do que na estadual.
O problema foi agravado porque o Estado não cumpriu as metas de construção de salas: entre 2008 e 2010 estavam previstas 3.447, mas 903 foram entregues, segundo levantamento da liderança do PT na Assembleia. A gestão Alckmin (PSDB) diz esbarrar na falta de terrenos para construir escolas.
Pesquisas divergem sobre o impacto do tamanho das turmas no desempenho dos alunos. Alguns apontam efeito nulo. Outros defendem a redução das turmas.
Uma posição com adeptos nos dois lados é que classes menores podem ajudar públicos específicos, como alunos carentes. "E infelizmente são essas escolas que são grandes", disse o pesquisador da Universidade Federal de Minas Francisco Soares.
Docente da Faculdade de Educação da USP, Romualdo Portela defende que o governo deva evitar só "exageros" no tamanho das turmas e investir mais em programas em que haja mais certeza de ganhos educacionais.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo

Absurdos da educação brasileira!!!

COLEGAS PROFESSORES   
Envio este e-mail com a esperança de chegar ao conhecimento de todos os professores, políticos, senadores, deputados, vereadores, presidente da republica, pais, alunos, enfim de todo o Brasil, a realidade da nossa Educação: O discurso Hipócrita sobre a valorização da educação, DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, OS PROFESSORES. 
Meu nome é Líbna Naftali Lucena Ferreira, sou professora de Artes Visuais da rede de ensino municipal de Monteiro, cidade localizada na microrregião do Cariri Ocidental da Paraíba, à 300 KM da capital João Pessoa. Pois bem, estou passando por grandes dificuldades, além de constrangimentos, com risco de ser exonerada do cargo de PROFESSORA, agora o motivo é risonho, absurdo: simplesmente pelo fato de ter passado no mestrado em artes visuais na UFPB e requer uma licença para cursar o mestrado. 
Meu Deus, eu pensei que seria uma satisfação para sistema educacional do município ter no quadro de professores uma mestranda, pelo contrario estão me obrigando a voltar para sala de aula, me atende mal, o discurso deles é que eu não tenho direito, além de dizer na minha cara que não é de interesse público. 
Fui na minha inocência falar com a Prefeita do município, depois de dá entrada em muitos requerimentos solicitando a licença e ser todos indeferidos, esta que ganhou o prêmio de melhor prefeito da região Norte/Nordeste, ela falou que não era de interesse da prefeitura e sim meu, pois só iria enriquecer o meu currículo, depois disso eu fiquei sem palavras, só agradeci atenção e sair.   Na minha persistência novamente depois de muitas idas lá, fui falar com a secretaria de Educação, e mais uma vez fiquei abismada com o discurso tão fajuta dos gestores sobre a Educação. 
A secretaria de EDUCAÇÃO falou: Líbna você está fazendo mestrado em quê? eu Respondi em Artes Visuais, minha área de atuação. E Ela disse: Você sabe que agente dá prioridade para as disciplinas essenciais. Eu disse: disciplinas essenciais!? Ela disse: Sim, Português, Matemática. É para não acreditar, não é mesmo? 
Mas foi exatamente isto que ela falou, uma secretaria de educação com preconceito com todas as outras disciplinas e principalmente com a minha Artes, lógico que eu repliquei: Secretaria, Artes é uma área de conhecimento, obrigatória em todas as fases do ensino básico de acordo com a LDB 9.394/96, mas neste momento ela exaltou-se, e para evitar mais um constrangimento, cale-me. Novamente, oriento-me fazer um novo requerimento, acho que o 10º, e disse não é mais comigo, agora vai ficar a critério do Secretario da Administração e do judiciário, segui suas orientações. 
Além disso, ela ainda falou que primeiro pensa no melhor para os alunos depois os professores, pensei comigo mesmo: uma professora qualificada, especializada não será bom para os alunos?  Mas, a novela não terminou recebi um telefonema da secretaria da administração para comparecer na secretaria, ao chegar recebi o despacho da solicitação da licença INDEFERIDO, não era mais novidade para mim, e em conversa com o secretario ele comunicou que não tinha direito a licença e não podia passar por cima da lei, ainda falou que não era de interesse público, eu o questionei e ele explicou que o ministério publico não entende a contratação de uma pessoa para substituir enquanto faço o meu mestrado por 2 anos, e ainda falou que a solução é contratar um advogado, e enquanto não se resolve eu devo permanecer em sala de aula, pois na ausência de 30 dias posso ser exonerada por motivo de abandono de cargo.   
Agora eu me pergunto, como vou permanecer em sala de aula se estou a 300 km de Monteiro, fazendo o mestrado? Será que realmente vou perder meu emprego? Isto é o discurso medíocre, hipócrita da valorização do profissional da educação.  Desde o momento que comuniquei que tinha passado na seleção do mestrado, não tive um incentivo sequer, um apoio, felicitação, por parte da administração: educação, administração, ao contrario só muitos não, barreiras, impasses, e constrangimentos, de chegar em casa arrasada.   
Espero que todo o Brasil tenha conhecimento deste ABSURDO, que está acontecendo em MONTEIRO/ PARAÍBA, um município que está lutando para conquistar o selo UNICEF, que tem como slogan a cidade da ARTE E CULTURA, que contradição, não acha? 
Discriminando a disciplina Artes, com o discurso de não ser essencial. Logo sabendo que o UNICEF valoriza tanto a educação e principalmente a Arte. Será que realmente o município de Monteiro irá conquistar o selo UNICEF? 
FICA O AQUI O MEU REPÚDIO, E A MINHA INDIGNAÇÃO. 
 Líbna Naftali - Arte/ Educadora - Mestranda em Artes Visuais UFPB

domingo, 21 de agosto de 2011

Docente da escola estadual Dr. Álvaro de Souza Lima denuncia: nem água temos

 

Recebo por mail, carta de um docente da Escola Estadual “Dr. Álvaro de Souza Lima”, que fica no Jardim São Savério, zona Sul de São Paulo.
O relato é assustador sobre as condições em que se encontram a escola e as arbritrariedades sofridas pelos professores que cansaram de trabalhar sem o mínimo de condições. 
Para preservar o docente das arbitrariedades preservo sua identidade.
 
Cara Conceição,
Estou lhe escrevendo com um nome falso, pois preciso de que minha identidade seja mantida em sigilo. Caso queira falar comigo, pode escrever para este e-mail que indiquei, que poderei responder e revelar minha identidade. Segue o texto de minha denúncia:
Sou professor da Escola Estadual “Dr. Álvaro de Souza Lima”, que fica no Jardim São Savério, zona sul de São Paulo, e gostaria de manifestar minha indignação diante de algumas posturas tomadas pela gestão escolar e pela diretoria de ensino em relação aos problemas de nossa escola.

Três dias sem água foi a gota d’água
Na quarta-feira, dia 17 de agosto, diante de uma falta de água que já chegava ao terceiro dia, os professores do período matutino entraram em um consenso e resolveram não dar aulas às crianças naquelas condições. O vice-diretor foi chamado à sala onde os professores estavam reunidos e foi avisado da decisão. A primeira reação do vice-diretor foi recusar veementemente a decisão dos professores, alegando que não tinha autorização para paralisar as atividades da escola (mesmo com a escola estando sem água desde segunda-feira). Obviamente, os professores mantiveram sua posição e, após isso, o vice-diretor sugeriu que houvesse aulas até a hora do intervalo, que só ocorreria às 10h20min (eram sete da manhã no momento da reunião). Os professores continuaram mantendo a posição, afinal, além de passarem a segunda e terça-feira sem água nos bebedouros e nos banheiros, os alunos passariam mais três horas e meia sem água, isso sem falar que, momentos antes, a merendeira constatou que não havia água na cozinha e que não havia condições de cozinhar, ou seja, as crianças ficariam sem almoço ou então teriam uma refeição inadequada. Sendo assim, o vice-diretor acatou a decisão dos professores e os alunos foram dispensados.
          Suspensão de aulas só com ordens da dirigente regional
À noite, durante a reunião do horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), a diretora repreendeu, aos berros, todo o corpo docente, dizendo que os professores “passaram por cima da autoridade” do vice-diretor, que os professores não têm direito de tomar tal tipo de decisão e que só com ordens da dirigente regional de ensino as aulas podem ser suspensas, tendo ou não tendo água na escola. Devido a isso, todos os professores ficaram com falta naquele dia de trabalho, mesmo tendo comparecido ao trabalho e mesmo não tendo podido trabalhar por conta das péssimas condições da escola.
          O Manifesto e a passeata
A partir disso, professores, membros do Conselho de Escola e da comunidade escolar redigiram um manifesto reivindicando melhorias na escola, como o repasse de verbas de manutenção, que está bloqueado há mais de dez anos por conta de uma má prestação de contas de um ex-diretor. Outras reivindicações são feitas, como: abertura da sala de informática, contratação efetiva pelo Estado de funcionários em quantidade suficiente para suprir a demanda da escola (faltam funcionários em todos os setores), execução de reparos emergenciais na infraestrutura escolar (como o reparo de portas e janelas, que estão totalmente destruídas, tirando a segurança e a privacidade de professores e alunos durante as aulas). Nesse contexto, o problema da falta de água foi apenas “a gota d’água” que faltava para encher o copo de paciência de professores, alunos e comunidade escolar, que já não aguentam tal situação, que só tem servido para estressar professores e funcionários, aumentar os pedidos de licença e remoção, fazendo com que faltem cada vez mais funcionários em todos os setores e com que os níveis de aprendizagem dos alunos caiam ainda mais, mesmo já sendo os mais baixos de São Paulo. O manifesto também prevê uma manifestação, que está marcada para o dia 23 de agosto, terça-feira, a partir das 18h, seguida de passeata.
         Ameaça da Diretora: sindicância para punir “ato de insubordinação”
Diante de todas essas evidências de que as coisas estão péssimas em nossa escola, a diretora, além de não remover a falta dos professores da quarta-feira, se comprometeu a abrir uma sindicância para apurar o fato, denominado “ato de insubordinação” por ela. Por que não há o mesmo empenho em fazer os reparos necessários na escola, em consertar a tubulação danificada para que os problemas com falta de água não voltem a ocorrer, chamar professores eventuais para susbstituir aulas vagas, abrir a sala de informática etc.? Por que tanta eficiência quando o assunto é castigar arbitrariamente professores que não fizeram mais do que cumprir uma obrigação humanitária de não deixar que crianças ficassem sem água dentro de um colégio? A justificativa da diretora para tais atitudes é a legislação e a diretoria de ensino, que segundo ela, dizem que é necessário haver aulas a qualquer custo. Porém, a LDB, carta magna da educação em nosso país, diz em seu artigo 4º, incisos VIII e IX, que a educação escolar pública deve garantir “atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde” e “padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem”, respectivamente. Sendo assim, sabendo que a água é algo fundamental para a manutenção da higiene e das funções fisiológicas de qualquer ser humano, podemos entender que uma escola que funciona por três dias sem água, além de ferir a lei, fere também um princípio moral.
          LDB propõe a gestão democrática do ensino público
Vale ressaltar também que a LDB propõe a gestão democrática do ensino público, ou seja, quando a diretora da escola diz que a escola só pode paralisar as atividades a partir de uma ordem de uma dirigente de ensino, de apenas uma pessoa, onde fica a solução democrática para a questão? Não é necessário ter muita erudição para saber que “democracia” não é um regime em que apenas uma pessoa decide pelas demais, sem consultá-las. Se alunos, professores e pais, ou seja, a maioria das pessoas envolvidas, não aceitam que uma escola funcione sem água, o que deve ser feito? Acatar uma ordem “superior” que mande a escola funcionar assim mesmo? É claro que não. E, por isso mesmo, todos os professores acreditam que tomaram a decisão mais acertada. Mesmo com todas as tentativas de repressão de nossos movimentos por parte da direção da escola (além de atribuir faltas injustificadas aos professores, repreendê-los publicamente, houve episódios particulares de coação contra alguns docentes), não recuaremos e não toleraremos mais tanta humilhação. Isso deve acontecer em todas as escolas que passam por problemas semelhantes, pois o Estado de São Paulo, o mais rico da nação, é um dos que pior pagam seus professores e que apresentam piores condições de aprendizagem. Mesmo com este contexto desolador, em 2011 não houve greve em São Paulo, fato que é muito estranho, já que houve greves de professores por todo o país. Talvez este breve relato ajude a entender como a Secretaria da Educação de São Paulo está agindo para coibir todo e qualquer “ato de insubordinação” dos professores e, assim, inibir toda e qualquer tentativa de se fazer uma gestão democrática de nossa educação. Lamentável.
Grato, Erico
      Fonte: http://mariafro.com.br

sábado, 13 de agosto de 2011

Professores não pensam só em salário!


Por Amanda Gurgel
Vocês viram as lamentáveis e ofensivas declarações do vereador da cidade paulista de Jacareí, Dario Burro (DEM), feitas no início do mês pelo Facebook contra os profissionais da educação? Eu fiquei revoltada! Em vários posts na rede social, o vereador fez as seguintes afirmações: “Os professores são inúteis e adoram palestras nas escolas. Assim eles não precisam dar aulas. Professor só pensa em salário. Professor é um profissional frustrado que descarrega a frustração nos estudantes. O professor gostaria de ser Engenheiro, não consegue e vai dar aula de Matemática; outro queria ser Advogado, não consegue e vai dar aula de Português; outro queria ser Médico e vai dar aula de Biologia.”. Como se não fosse o bastante, o vereador Dario Burro ainda declarou outro absurdo numa entrevista: “Eu vejo que é muito grave a falta de resultado na educação, existem recursos, esses recursos são aplicados, a gente tem uma estrutura e o professor não produz.”.
Todas as afirmações deste vereador mostram exatamente o valor que os governos dão, de forma direta ou indireta, aos profissionais da educação. Mais do que isso. Desrespeito e mentiras agora viraram uma regra contra os professores, já que nós resolvemos dar um basta em toda essa situação de abandono da educação por parte do poder público. Ao contrário do que diz o vereador Dario Burro, nós não pensamos apenas em salário. Isso não é verdade. É óbvio que os trabalhadores lutam para melhorar seus salários, mesmo porque estes são muito baixos e não suprem todas as necessidades, muitas vezes nem as mais básicas. O vereador com certeza ignora que a maioria dos professores precisa de jornadas duplas ou triplas para poder multiplicar o salário e sobreviver. Na verdade, quem só pensa em salário são os políticos. Ou o vereador esqueceu que no início do ano ministros, parlamentares e a presidente da República tiveram seus salários elevados para quase R$ 27 mil?! Enquanto isso, os trabalhadores amargam um mínimo de R$ 545. Então, quem é que gosta mais de dinheiro, hein?!
Todo professor quer muito mais do que um salário que lhe garanta dignidade. Todo professor quer que a educação funcione bem, com profissionais suficientes, qualificados, com material didático e estrutura adequada nas escolas. Quer refeitórios, bibliotecas, laboratórios de informática. Mas isso os governos não garantem em lugar nenhum do Brasil. Pelo menos não totalmente, o que só prova que, de fato, o país não faz grandes investimentos em educação. E não faz por quê? Porque 49% do Orçamento Geral da União são destinados para pagar os juros da dívida pública a banqueiros nacionais e internacionais. Ou seja, em 2010, o governo Lula entregou quase metade do orçamento do país para os ricos. Em contrapartida, a educação recebeu apenas 2,49%. E Dilma este ano já cortou R$ 3 bilhões do setor. Como é possível, então, que o vereador de Jacareí diga que os recursos existentes são aplicados e que as escolas possuem estrutura?! Uma mentira deslavada.
É justamente por não termos muitos recursos destinados para a educação que estamos em campanha pela aplicação imediata de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor e contra o PNE do governo Dilma, que não atende às reivindicações de professores, funcionários e estudantes. Por isso, uma grande Marcha a Brasília está marcada para o dia 24 de agosto, com o objetivo de cobrar do governo o investimento de 10% do PIB Já para a educação. A atividade vai reunir professores, funcionários de escolas, estudantes e provar que as lutas e as greves ocorrem não só por salário, mas também em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Por fim, gostaria de dizer que professores não são inúteis, como pensa o vereador Dario Burro. Inúteis são os políticos que hoje governam estados, municípios e o país, pois destroem os serviços públicos, retiram direitos dos trabalhadores e ainda nos humilham com injúrias e salários miseráveis. Estes políticos, da mesma estirpe do vereador de Jacareí, é que são absolutamente dispensáveis.
Fonte: http://professoraamandagurgel.blogspot.com

Uns chamam de vandalismo. Mas é democracia...

Por Leonardo Sakamoto

Quem vê pela TV o quebra-quebra e o fogaréu instalado em bairros de Londres e ouve as análises rasas de muitos “especialistas” e pitaqueiros de plantão imagina que a rebordosa se deu por grupos de criminosos inescrupulosos que querem destruir a pax britânica. Nada ou muito pouco sobre o desemprego e o desalento, a falta de perspectivas para os jovens, o corte de políticas sociais, a crise econômica e a longa recessão e a reação despropositada da incensada polícia inglesa. Que assassinou Jean Charles de tão preparada que é para lidar com situações-limite…

Nós jornalistas contribuímos com a manutenção desse pensamento raso quando tentamos simplificar um tema complexo como esse sem o devido cuidado. Há baderneiros, criminosos e aproveitadores entre os que protestam? Sim, claro. Sempre há. Mas por isso, vamos considerar a parte como o todo, numa metonímia preguiçosa, para dizer o mínimo, e ignorar que esse é um problema estrutural e não simplesmente um “caso de polícia”? Pelo jeito, sim, vamos.

Dêem uma olhada no vídeo a seguir, que me foi sugerido hoje por e-mail. É uma entrevista concedida à Globonews pelo sociólogo Sílvo Caccia Bava, coordenador geral do Instituto Pólis e editor do jornal Le Monde Diplomatique no Brasil. É função de um repórter garantir que um entrevistado revele posições, adotando a postura de o advogado do diabo se necessário for. Mas não sei se isso é o que aconteceu nesse caso:



Lembro-me de outra situacão ocorrida há dois anos e que trouxe aqui. Em perseguição a bandidos, a Guarda Civil do município de São Caetano do Sul invadiu a favela de Heliópolis, em São Paulo. Uma jovem morreu baleada. A população revoltada foi à rua, ateou fogo em ônibus. Queria protestar, se fazer ouvida. A polícia dialogou com balas de borracha e bombas de gás.

Autoridades não demoraram em chamá-los de vândalos. Parte da mídia comprou a idéia. Uma repórter, com os olhos arregalados do tamanho do mundo, demonstrava o pânico de quem nunca imaginaria que aquela massa disforme poderia decretar o fechamento de um bairro. A polícia falava em “contenção”, comentaristas na TV em “imposição da ordem”. Nada sobre as reais causas da morte. Nada sobre um Estado que não está nem aí para quem (sobre)vive nas franjas da sociedade. Nada sobre o fato de uma outra pessoa ter morrido em Heliópolis em uma situação semelhante não faz muito tempo. Por pouco não pediram para colocar esses miseráveis pulhas de volta para o lugar deles.

A polícia do Rio Grande do Sul mata um trabalhador rural (que procurava terra para plantar) e os sem-terra é que são vândalos. A Justiça despeja centenas de famílias humildes de um terreno em São Paulo (que procurava uma casa) e os sem-teto é que são vândalos. Jovens de classe média alta criam bandos para espancar e matar e moradores de rua e os sem-teto (que procuram simplesmente existir) é que são vândalos. Grandes obras de engenharia superexploram trabalhadores em nome do progresso, usando até trabalho escravo, e operários migrantes (que procuram o mínimo para ter dignidade), se cansam de tudo e resolvem por tudo abaixo para serem notados é que são vândalos. Fazendeiros invadem terras indígenas no Mato Grosso do Sul e prometem bala para quem cruzar a cerca e os indígenas que moravam ali (e procuram ser eles mesmos) é que são vândalos.

Vândalos somos todos nós que ainda nos indignamos com injustiças como essas. Uma vez que indignação nada mais é que vandalismo para quem está tão embutido no sistema e, por isso, ignora que ele não funciona a contento.

Fonte: Blog do Sakamoto

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Finalmente o trem da CPTM chegará até o aeroporto de Guarulhos

Por Raquel Rolnik

No final do mês passado, a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo anunciou que estenderá o trem da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos) até Guarulhos, incluindo o aeroporto de Cumbica. Finalmente uma decisão sensata sobre o assunto, infelizmente com pouca repercussão na mídia.

O novo trem sairá do Brás e chegará a Cumbica em 23 minutos. As obras deverão ficar prontas até 2014. Por muito tempo o governo do Estado hesitou em levar a rede da CPTM até o aeroporto de Guarulhos.

A ideia inicial era que o trem da CPTM chegasse apenas até a região do Cecap Zezinho Magalhães e que um outro trem – o chamado expresso aeroporto – fizesse a ligação até Cumbica, com um serviço diferenciado, mais confortável, saindo da estação da Luz direto para o aeroporto.

O projeto seria feito através de uma PPP (parceria público-privada) e teria uma tarifa bem salgada, na época estimada em torno de R$ 35,00, bem mais cara que os R$ 2,90 do trem da CPTM. Com esse valor, portanto, o expresso aeroporto não atenderia em absoluto nem a população de Guarulhos nem mesmo os trabalhadores do aeroporto que se deslocam diariamente entre as duas cidades.

Com o anúncio do projeto do trem-bala pelo governo federal, que também faria uma ligação direta entre São Paulo e Cumbica, partindo da estação da Luz, a ideia do expresso aeroporto ficou inviabilizada e foi engavetada. O fato é que, até agora, a própria viabilidade do trem-bala permanece incerta.

Mas o mais importante é que tenhamos o trem comum para a cidade de Guarulhos, que tem mais de 1 milhão de habitantes, e o aeroporto de Cumbica, onde trabalham mais de 28 mil pessoas, inserindo a cidade no sistema de transporte coletivo de massas, já que os trens estão ligados à rede de metrô.

O desafio agora é lutar para que os trens da CPTM – que hoje funcionam com intervalos de 6 minutos, superlotados e lentos – alcancem um melhor padrão de qualidade e conforto sem que para isso seja preciso inventar um negócio milionário. Alguns trechos que já passaram por reformas mostram que é possível melhorar o desempenho e o conforto dos trens dessa rede.

Leia mais sobre este assunto na Folha Online.

Fonte:http://raquelrolnik.wordpress.com

Documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida: O Veneno Está na Mesa

Documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler.







O mito do bônus e seus perigos

Pesquisas mostram que, ao promover o estímulo da recompensa por resultados – a “cenoura” para fazer as pessoas trabalharem mais – aumenta o estímulo financeiro, mas reduz-se progressivamente a motivação intrínseca do trabalho bem feito, do prazer da competência. De certa forma, “quanto mais se recompensa as pessoas por fazer algo, mais a sua motivação intrínseca tende a declinar”. Os estudos sugerem que oferecer recompensas pode travar a tendência das pessoas fazerem as coisas pelo prazer da realização.
O artigo de Nic Fleming, (The bonus myth how paying for results can backfire, New Scientist 12 April 2011) refresca realmente o ambiente. Como ele mesmo escreve, “muitos economistas acreditam que os incentivos contam toda a história. No entanto, os fatos (the evidence) nos dizem que eles se enganam”. Uma série de pesquisas recentes mostra que temos aqui uma faca de dois gumes. As pessoas ficam sem dúvida contentes em receber um bônus, mas à medida que o espírito do bônus se instala, as pessoas perdem de vista os objetivos reais das suas contribuições profissionais, e os resultados se invertem.
A cultura do bônus sem dúvida se generalizou, inclusive em áreas como educação, saúde e semelhantes. Parecia tão óbvio que por uma recompensa as pessoas se esforçariam mais, que esqueceram de pesquisar se realmente isto se verifica. “Pode vir como um choque para muitos descobrir que um amplo e crescente corpo de dados (evidence) sugere que em muitas circunstâncias, pagar por resultados pode até fazer as pessoas ter uma performance ruim, e que quanto mais se paga, pior a performance”.

Na realidade, o que as pesquisas mostram é que ao promover o estímulo da recompensa por resultados – a “cenoura” para fazer as pessoas trabalharem mais – aumenta o estímulo financeiro, mas reduz-se progressivamente a motivação intrínseca do trabalho bem feito, do prazer da competência. De certa forma, “quanto mais se recompensa as pessoas por fazer algo, mais a sua motivação intrínseca tende a declinar”. “Os estudos sugerem que oferecer recompensas pode travar a tendência das pessoas fazerem as coisas pelo prazer da realização, uma ideia conhecida como efeito de sobre-justificação (overjustification).
Esta foi a base de uma série de livros de Alfie Kohn nos quais ele argumenta que recompensar crianças, estudantes e trabalhadores com notas, incentivos e outras ‘propinas’ leva a um trabalho inferior no longo prazo…Os que recebem os bônus inevitavelmente jogam pelo seguro, tornam-se menos criativos, colaboram menos e se sentem menos valorizados”.

Ainda que a reação natural e um pouco cínica nos faça duvidar, o fato é que uma meta-análise (sistematização de análises anteriores) de 128 pesquisas coordenada por Edward Deci, da Rochester University (NY), sugere que se trata de dados muito firmes. Segundo Deci, “os fatos são absolutamente claros. Não há dúvidas que praticamente em todas as circunstâncias em que as pessoas estão fazendo coisas para obter recompensas, recompensas extrínsicas tangíveis minam a motivação intrínseca…uma vez que se torna as pessoas dependentes de resultados e não dos comportamentos, para obter as recompensas, os dados mostram que as pessoas irão tomar o caminho mais curto para estes resultados”.
Não estamos sonhando. Fica claro, no artigo de Fleming, que quando se está fazendo coisas estúpidas apenas por dinheiro, o bônus não irá reduzir uma motivação que o trabalhador já não tinha.
Mas no conjunto, a dependência do bônus, da recompensa material calculada a cada esforço, tende finalmente a desviar a atenção das pessoas dos resultados mais amplos do processo produtivo, e isto é particularmente importante nas atividades densas em conhecimento que ocupam cada vez mais espaço.
Geraint Anderson, que trabalhou anos em bancos em Londres, e escreveu Cityboy sobre o trabalho no meio financeiro, tão dependente de bônus, resume o assunto: “Se você pode roubar o avanço dos seus colegas, buscar crédito pelas realizações deles, tocar a sua própria corneta e puxar o saco do seu chefe (kiss your boss’s arse), você pode sim aumentar o seu bônus”. Anderson, que ganhou dois bônus anuais de meio milhão de libras cada, sabe de que está falando.
Os argumentos trazidos por Fleming são importantes. Seguramente não se aplicam a todas as circunstâncias. Mas da mesma forma como estamos deixando de acreditar nas bobagens do tipo que o ser humano se guia pela maximização racional das vantagens individuais, estamos começando a repensar a teoria da cenoura.
Não somos coelhos. E os desastres financeiros gerados pelos administradores que mais recebem bônus no planeta constituem um argumento interessante.


(*) Ladislau Dowbor, é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e da UMESP, e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social”, “O Mosaico Partido”, pela editora Vozes, além de “O que Acontece com o Trabalho?” (Ed. Senac) e co-organizador da coletânea “Economia Social no Brasil“ (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social estão disponíveis no site http://dowbor.org'

Fonte: Agencia Carta Maior