quarta-feira, 1 de maio de 2013

Em defesa da liberdade de existir!



O principal sintoma de que o sistema capitalista está em crise total é o fato de que, nesse sistema, as pessoas perderam até a própria liberdade de existir. Em outras palavras, não temos garantias nenhuma de que nos deixarão viver mais um dia, mesmo que estejamos no melhor de nossas formas físicas: a qualquer momento cada um de nós podemos ser vítimas de um assassinato cruel, de uma bala perdida, de uma emboscada ou de uma bomba produzida por um governo de plantão filiado à ONU ou mesmo por um grupo inconsequente qualquer que, em nome de supostas “causas justas”, despreza a vida humana de trabalhadores inocentes.
A vida é a maior de todas as riquezas. Existir deveria ser um direito sagrado de todos, mas, lamentavelmente, não é assim que tem funcionado no capitalismo. Parece loucura e paranoia, em um mundo em que o assassinato passou a ser visto como “normal” ou corriqueiro, gritar pela vida, gritar contra a insanidade que tira o direito das pessoas existirem. Mas o grito pela liberdade de existir é o grito mais radical e mais revolucionário da modernidade, e para garantir a liberdade de existir deveríamos, inclusive, fazer uma revolução social: a Revolução Socialista Livre. Não podemos achar natural e normal os assassinatos em séries que ocorrem mundo afora, inclusive, em nosso país, o Brasil, onde tirar a vida de alguém passou a ser notícia cotidiana de telejornais da imprensa burguesa, com simplismos políticos que beiram à cumplicidade. O assassinato é o pior de todos os crimes, não importa de onde parta, não importa de quem parta. Ninguém consegue ressuscitar uma pessoa, ninguém consegue trazer uma pessoa da morte para a vida, logo, ninguém tem o direito de tirar a liberdade de existir de um ser. Até mesmo o assassinato de animais para a suposta alimentação dos seres humanos deve ser questionado e superado paulatinamente com o tempo, pois, hoje, com as tecnologias existentes, a humanidade já consegue extrair outras formas de proteínas na natureza, logo, não precisaríamos mais assassinar os animais para obter proteínas, como fizemos nos tempos históricos de guerra na selva. Por que assassinar animais no mundo atual com tantas fontes vegetarianas de proteína? Eles também não teriam o direito à liberdade de existir?
Quanto ao assassinato de seres humanos, deveríamos ser ainda mais radicais: todos os assassinos, sem exceção, comprovado o fato sem sombras de dúvidas, não importa a idade, não importa a justificativa, precisam de prisão perpétua. O exemplo prático de que assassinatos não serão permitidos socialmente deve ser uma regra social INDISCUTÍVEL. Não importa se o assassino seja um governo poderoso; se é um membro da classe dominante tentando impor suas explorações e opressões às classes trabalhadoras que busca dominar, roubando seu trabalho para ficar rico à custa desse trabalho alheio roubado; não importa se o assassino seja um machista estúpido; se seja um verme nazista; ou se trata de um menino drogado da esquina; enfim, não importa quem seja, se é adulto ou se é dito “de menor”, todo assassino precisa de prisão perpétua. A lei tem de ser igual para todos: todo assassino deve saber de antemão que, comprovado o assassinato, sua pena será a de prisão perpétua e o Estado deve garantir o pleno cumprimento dessa pena. A liberdade de existir é sagrada. Ninguém pode estar acima da lei, quando tirar a liberdade de existir de alguém.
Sem sermos radicais, a humanidade seguirá sem ter direito à liberdade de existir. O Socialismo Livre é radical quanto à liberdade de existir. Para nós, a vida é a maior de todas as riquezas, ela vale em si e por si, e estamos aqui nesse planeta tão somente para desfrutarmos a vida, não mais, não menos, e todos os seres devem poder usufruir desse direito ou desse presente que a natureza nos possibilitou. Portanto, a vida jamais deve ser interrompida por assassinatos, por qualquer motivo torpe ou banal ou dito sério que o seja. E isso só será mudado quando todos os assassinos, sem exceção, tiverem a pena da prisão perpétua, sem jeitinho, sem abrandamentos, sem proteção e sem concessão inclusive aos assassinatos mandados pelas altas cúpulas do poder.

Sabemos que, no capitalismo, temos grandes obstáculos para aplicar essa lei, porque muitos membros da própria classe burguesa-governante-dominante usam do assassinato para impor domínios políticos sobre os mais pobres ou sobre os países mais fracos em sua auto-defesa ou sobre os trabalhadores que lutam contra a exploração de classe, o que é justo. Logo, para ser coerente na aplicação dessa lei que aqui estamos defendendo, muitos deles, os capitalistas, iriam também parar nas grades da prisão perpétua, já que suas leis são feitas para fazer vistas grossas sobre seus próprios assassinatos, com vistas a fins escusos de domínio político: basta pensar, por exemplo, nos assassinatos políticos que os Estados Unidos fizeram e ainda fazem no Iraque, Afeganistão, Palestina, etc, apenas para garantirem controle político e controle econômico sobre aquelas regiões.
De qualquer forma, apesar dos imensos obstáculos para criar justiça social e liberdade de existir nesse mundo, afirmamos que sem uma lei social dura e rígida, o assassinato não terá fim nesse planeta, não há outro caminho. Por isso precisamos de uma revolução social para garantirmos liberdade de existir nesse planeta. A luta pela liberdade de existir deve ser uma luta de todos os trabalhadores honestos e de todos aqueles que de fato almejam justiça social. No Socialismo Livre, sistema pelo qual lutamos, com justiça e igualdade econômico-social para todos, sem exploração de mais-valia dos trabalhadores, sem opressão de quem quer que seja, a liberdade de existir deverá ser um direito sagrado de todos os seres sociais. Os que tentarem impedir, inclusive, a Revolução Socialista Livre, cometendo assassinatos para manter-se no poder e no domínio, não serão assassinados pelos Socialistas Livres, porque não somos assassinos, mas estes inimigos da VIDA deverão ser também submetidos à prisão perpétua até, historicamente, banirmos da história humana toda essa barbárie social e histórica que PRIVA OS SERES SOCIAIS DA LIBERDADE DE EXISTIR. Viva a liberdade de existir! Viva a vida! Viva o Socialismo Livre! Viva a criação de um mundo em que a vida de todos seja a maior de todas as riquezas!
Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sindute-MG e diretor da subsede do Sindute em Uberlândia - Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU - Membro da CSP-CONLUTAS.
Fonte: http://socialistalivre.wordpress.com/author/socialistalivre/

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